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sábado, 5 de setembro de 2009

TRABALHOS DO CONCURSO LITERÁRIO - HISTÓRIA DO BAIRRO DE SANTOS DUMONT - GUARULHOS/SP

A ideia do Concurso Literário sobre a história do bairro de Santos Dumont surgiu quando cheguei no ponto de pregação que está localizado neste bairro, que ganhou este nome por causa do grande inventor e aviador Santos Dumont, é um bairro que está localizado nas proximidades do aeroporto internacional de Cumbica.
Quero situá-los sobre todas as igrejas evangélicas que encontro no meu percurso de fim de semana: METODISTA LIVRE, PRESBITERIANA, BATISTA, BATISTA RENOVADA, ASSEMBLÉIA DE DEUS - BELÉM, MADUREIRA, BRÁS, NOVA DIMENSÃO, MINISTÉRIO DE GUARULHOS, O BRASIL PARA CRISTO, RENASCER, CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL, ETC.

Abaixo segue os dois trabalhos que me entregaram, na minha opinião ficaram ambos bons, a vencedora com menos erros de português foi a Rayana, seguida pelo trabalho do Lucas, são adolescentes da igreja, que foram atrás de livros e relatos sobre a história do bairro.

BOA LEITURA!

Rayana Rangel dos Santos

Fazenda Bananal: O inicio de tudo.

O parque Santos Dumont nasceu na década de 50, com a influencia da fazenda e expediu-se com loteamento pela prefeitura aproximadamente em 1957.
A fazenda bananal de propriedade de Cândida Rodrigues Barbosa, conhecida como Candinha, era dona de escravos.
E o surgimento do bairro começou com loteamento e as construções das casas de madeira (da fazenda bananal só restou a área que está o casarão. Os herdeiros desleiraxam tudo).
Em meio ao abandono do local, há um pequeno lago, uma extensa área verde e uma bica de água pura e limpida.


Folha metropolitana (folha bairro)
Sábado 10 de março de 2001.

O casarão, aparentemente vazia, trouxe vida aos primeiros sons de latidos dos cachorros que vieram ao encontro da equipe da folha do bairro. Um pouco assustado, apareceu um dos filhos de Cândida, Brás de Almeida Barbosa, que tinha 70 anos. Isolado, solitário e desconfiado, Barbosa não demonstrou simpatia e se limitou a responder o que lhe foi perguntado.
Há alguns anos, o abandono fez do local esconderijo de traficantes e marginais. Sentindo-se ameaçado em perder o único patrimônio que restou da família, Barbosa não permitiu a entrada da reportagem em sua casa. “Os marginais destruíram tudo aqui, agora não deixo mais ninguém entrar”, justificou.
O filho de Cândida vive sozinho. A água é da bica e a luz do lampião. A maior parte de sua alimentação é retirada da natureza, onde ele planta frutas e legumes. “As vezes eu vou para a cidade”, revelou, apontando para o fusca azul guardado na garagem.
Mesmo por fora, foi possível medir o tamanho do valor histórico que tem o lugar. A casa com estrutura de madeira maciça, construída pelos escravos, nem mesmo os cupins conseguiram roer. A tina de água dos escrava continua no mesmo lugar.
Segundo Ranali, a repórter, a parte de baixo do casarão era a sensala dos negros. Lá, foi possível observar através de um portão trancado à cadeado, e a existência de alguns objetos antigos, mas que, por conta da escuridão, não puderam ser identificados. Um lugar místico que retrata a paz com um ar que impõe medo.
O historiador assegurou que a fazenda do Bananal é uma área preservada pelo patrimônio municipal e, para que não desapareça, a prefeitura não deixará o local ser descartado.




Depoimento do sr. Nelson de Souza Gomes.
Morador desde 1969, mas comprou seu primeiro lote em 1961, pela imobiliária Ingaí que provavelmente deu nome do bairro.
Ele fala que quando veio morar aqui no Santos Dumont em 1969, tudo era apenas mato. Havendo apenas a casa da Cândida, o Recanto dos avós, que já tem 42 anos de existência, e tinha a casa da dona Zafira em 1964, a casa do seu Januário, já falecido.
A casa do sr. Nelson era de alvenaria, enquanto as outras eram de madeira. Ele relata a casa de sr. João Damasceno do sr. Sebastião.
Na entrada do bairro era uma porteira de madeira igual de uma fazenda, e para as pessoas entrarem tinha que abrir o imenso portão.
Ele também disse que conhecia os filhos da Candinha em 1964, e que uma das filhas morreu enforcada e que um filho advogado morreu de tanto tomar álcool.
Não tinha nenhuma igreja e vindo a igreja católica primeiro em 1975 (hoje tendo 33 anos). E que na época onde foi construído a igreja era para ser uma praça, e quem consegui trazer esta igreja foi o sr. João Damasceno.
E a fazenda da Candinha foi hipotecado pelo banco, e a Ingaí tomou conta. E que os donos da casa ração (Fazenda Bananal) são bisnetos de Candinha.



Depoimento do sr. João Damasceno Morador da Rua Lagoa Nova

O sr. João relata que lutou dia e noite e enfrentou sozinho até mesmo processo para melhoria do bairro. E se considera o fundador do bairro Pq. Santos Dumont.
Ele fala também que a fazenda da Candinha abrangia a região do São João toda, Serôdio, Haroldo Veloso, etc.
Em 1973 começou a vir os melhoramentos do bairro chegando primeiro a água, junto com o primeiro prefeito de Guarulhos: Valdomiro Pompeo, e o primeiro vereador Eulizio de Oliveira Neves (conhecido como Alan). Foi esse vereador que ajudou a conseguir este melhoramento para o bairro. Os melhoramentos não pararam por aí, em setembro de 1975, veio a empresa de ônibus Gato Preto. Lutou para que viesse uma diocese, sendo que a mais próxima era a do Bonsucesso, e começou a ser construída em 1975.
Em 1976 uma escola isolada no Chico Santiago, depois em 1978 a escola estadual Mauricio Nazar e a rede de luz que veio na época do prefeito De Carlos.










CONCURSO LITERÁRIO – HISTÓRIA DO MEU BAIRRO.

SANTOS DUMONT – GUARULHOS

Nome: Lucas Alves Durães
Tel: 8906-6262
e-mail: lucasalvesduraes@hotmail.com
Rua Campo Redondo, 21 – Santos Dumont – Guarulhos/SP – cep: 07152-210

Há registros de que a área onde se encontra o bairro Santos Dumont seria uma fazenda de café, cuja sede se encontrava na conhecida “casa da Candinha”. Esta casa ainda hoje se mantém intacta e foi nomeada como patrimônio histórico guarulhense, nela ainda há objetos antigos utilizados na época da escravidão, onde houve descentralização da mão de obra, escravos e senhores foram vendendo suas partes de terra da grande fazenda que era especificamente o bairro Santos Dumont na época, nisso aos poucos foram vendendo lotes e desfazendo desse patrimônio que depois de alguns anos se formou um bairro o qual residimos, hoje especificamente o bairro Santos Dumont, que antigamente era uma fazenda de café.
O senhor Nelson Furtado de Mendonça, morador do bairro a quase quarenta anos, desde 1970, com 61 anos, trabalha como produtor rural, plantando chuchu. A chácara onde ele é proprietário, antigamente fazia parte da casa da Candinha, importante local histórico guarulhense.
A casa da Candinha trata-se da casa da família de d. Maria Cândida Barbosa. O casarão está localizado na fazenda Bananal, atual Santos Dumont. Compõe o cenário do ciclo de ouro de Guarulhos, situado nas proximidades do campo do ouro, mesmo não sendo construído em Taipa de pilão é provável que seja uma das mais antigas casa da cidade. Por muitos anos funcionou na serra do Bananal um garimpo de ouro, assim como vocês viram na foto. No porão da cassa ainda existem senzalas, quando morriam escravos eles eram enterrados no cemitério perto da fazenda, localizamos o antigo cemitério na rua Professora Valderize, bairro de Santos Dumont.
O bairro de Santos Dumont foi visitado pelo nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele esteve com o prefeito, quer dizer ex-prefeito Elói Pietá para nomear a casa da Candinha como patrimônio cultural da raça negra.
A primeira igreja evangélica do Bairro está localizada na rua Dantas – Congregação Cristã do Brasil, que hoje é uma das igrejas com mais membros do bairro. No bairro tem mais de vinte igrejas: Metodista Livre, Renascer, Assembléia de Deus, O Brasil para Cristo, etc.
Santos Dumont e Munira no mapa de Guarulhos é chamado Bananal, como vocês podem ver no mapa de Guarulhos, não contam no mapa o bairro Santos Dumont ou Munira, mas consta os dois bairros juntos, então no mapa de Guarulhos não tem o bairro Santos Dumont, mas Bananal.
O bairro mudou muito de suas origens até o dia de hoje, a maioria das ruas estão asfaltadas, construíram quatro escolas, dois postos de saúde, etc. A primeira rua asfaltada foi a Dantas, hoje quase todas as ruas estão asfaltadas, além das quatro escolas construídas no bairro, a primeira foi Mauricio Nazar, entregue em 13/01/1982. A última escola entregue foi Darcy Ribeiro que foi entregue em 09/12/2008. Também foram entregues no bairro dois postos de saúde, o da rua Calábria e o da rua São Fernandes, entregues em 2006.
Em fim, hoje o índice de desenvolvimento do bairro cresceu muito e se continuar assim, Santos Dumont pode ser um dos bairros mais bem preparados de Guarulhos, atualmente reside no bairro de Santos Dumont cerca de 12.000 habitantes.

AGRADECIMENTOS:
Eu agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e inteligência para desenvolver este trabalho e ao Pr. Leonardo por ter me dado esta oportunidade de mostrar meu trabalho aos queridos irmãos da Igreja Metodista Livre de Santos Dumont e, a minha mãe por ter me ajudado a desenvolver este trabalho.
Obrigado!!!

2 comentários:

Lu Malecka disse...

Muito legal pastor!!! Adorei ler os relatos, pois trabalhei 6 anos no Bananal, conheço a Casa da Candinha! Já entrei lá com o pessoal da escola.Essa história de trabalhar na periferia ajuda a gente a compreender mais a história da cidade. Agora trabalho perto do Bonsucesso, q é outro bairro muito importante da história da nossa cidade.
abraço

Unknown disse...

Olá pastor!

Parabéns pela iniciativa.Muito legal mesmo!
Os trabalhos estão muito bons,parabeniza-os por mim..
Com certeza eles se empenharam muito para fazer e pesquisar,quem sabe daqui um tempo eles não vão estar ganhando prêmios como o pastor deles?rs

bjos pro sr e pra Lu