Já no primeiro dia de aula entendi que não seria uma aula comum, ultrapassou tudo que de
antemão eu tinha criado como expectativa. Pelo menos para mim o módulo mais aguardado.
Logo entendi que o conhecimento só é valido quando compartilhado. Fazendo transmissões ao
vivo percebi que o nosso maior conhecimento teria como base um olhar diferenciado. Com suas
explicações recheadas de experiências, enriqueceram nossa capacidade de entendimento.
Saímos com aquela sensação UAL. Entendi que o aconselhamento pastoral vai muitíssimo
além, de aconselhamentos rasos. Que nunca, em apenas um encontro, (sessão) será capaz de
sanar um caso, sempre deve haver sessões de aconselhamento. Aprendemos dois modelos de
aconselhamento, o evangelical e o fundamentalista. Fundamentalista, com uma visão dentro
das escrituras, porém usando um padrão ”manual” de aconselhamento para tratar todos iguais,
deixando o pecado como referência, sem olhar o histórico. Evangelical, não deixando de lado de
forma alguma as escrituras, mas trazendo recursos da psicologia, a luz da Bíblia, tratando o
histórico da pessoa levando em consideração, o individuo. Tratar cada caso como um caso sem
um padrão pré-estabelecido. Precisamos estar preparados, para ouvir sem julgar, epoché. Outro
ponto e se colocar no lugar do outro, logo na primeira sessão expor o contrato de sigilo, sempre
mostrar que há solução, ressignificar! Tivemos uma breve introdução sobre a psicologia, através
dos séculos para entendermos melhor culturalmente a posição da psicologia na humanidade.
Teorias da personalidade: psicodinâmica, comportamental, humanista e existencial.
Psicodinâmica segundo a teoria de Freud considera os conflitos inconscientes, como causa dos
problemas das pessoas. Id, ego e o superego. Também com a teoria da sexualidade - Freud.
Fases: oral, anal, fálica, latência e genital. Classificando em faixas etárias para cada fase.
Aprendemos que a fase infantil é fundamental para o desenvolvimento saudável em todos os
aspectos, em sua fase adulta. Trazendo este assunto com aplicações reais, em sala de aula,
deixou bem claro que cada fase deve ser respeitada. Nos mostra o quanto devemos encarar o
histórico como algo importantíssimo para detectar a raiz de grandes transtornos.
Comportamental, enfatizando o comportamento passível de observação, influenciado pela
experiência e pelo ambiente. São importantes para a pesquisa psicológica os conceitos de
estimulo e reação, e o conceito básico se torna aprendizagem. O modelo behaviorista foi
também definido como determinista, porque todos os aspectos do comportamento do individuo,
inclusive os valores, as atitudes e as respostas emotivas, são considerados determinados pelo
ambiente passado ou presente. Humanistas, os psicólogos da linha humanista recusam a
promessa freudiana segundo a qual o comportamental adulto é inevitavelmente o produto de
experiências passadas, e consideram, numa perspectiva mais otimista, que a personalidade
pode se modificar também na idade adulta. Segundo as teorias da auto- realização, os
componentes da identidade emergem de suas fontes: nossas potencialidades intrinsecamente
únicas e as diferentes modalidades com as quais enfrentamos os impedimentos com que nos
depararmos no nosso processo de crescimento. Existenciais, definida como logoterapia ou
terceira escola vienense tenta compreender a existência pessoal humana de acordo com o perfil
de seus valores e significados potenciais. Á vontade de prazer (Freud) e á vontade de poder
(Adler), Frankl opõe a vontade de significado, cuja não realização ou realização equivocada é
definida como frustação existencial, e se torna o ponto de partida da terapia. Frankl adota como
programa de sua psicologia uma expressão de Nietszsche: “Quem tem um porquê para viver,
suporta qualquer como”.
Aprendemos que é preciso fazer uma distinção entre: cuidado pastoral, consultoria pastoral e
psicoterapia pastoral. Com isso identificamos a diferença de cada uma dessas perspectivas.
Hoje sei que é necessário saber peneirar, as diversas situações que enfrentarei, que em
determinados casos e necessário o auxilio de consultas especializadas, e até mesmo uso de
medicamentos para a recuperação daquela pessoa. Modernidade líquida, um livro que mostra o
avanço da sociedade, em vários sentidos, porém questionável em suas atitudes e o seu contexto
enquanto sociedade. Como este dia foi edificante, descobrimos que tudo que se passa ao nosso
redor é reflexo desta sociedade composta neste contexto. Identificamos a diferença da
sociedade liquida e da sólida. Na liquida entendemos que ela se molda conforme ao recipiente,
diferentemente dos sólidos que são rígidos e precisam sofrer uma tensão de forças para moldarse a novas formas. Nos dois modos tem seus prós e contras. Liquido que sempre vem
acompanhado de porquês e sempre donos de si o individualismo grita, por isso essa carência
onde ajudar o próximo tem se tornado algo incomum, sempre questionador, encarando tudo
como descartável sem se preocupar com o excesso de compras que somos impulsionados a
consumir. Nesta modernidade infelizmente o ter e muito mais que ser. O oposto da sólida que
com uma simples reflexão dos nossos pais e avós percebemos que isso não era comum. Mesmo
assim, em sala nesse dialogo percebemos que o consumo e desejo capitalista, através de
propagandas e marketing sempre foi uma sociedade capitalista. Junto com a individualidade é
acompanhada de competitividade mais agressiva em todos os meios da sociedade. Deixando de
lado a solidariedade e empatia. Em nossa penúltima aula, assistimos a uma entrevista, e que
entrevista! Onde tudo que tínhamos aprendido em sala estava sendo exposto em uma conversa
que nos fez enxergar que o amor pelo que se faz e capaz de modificar e multiplicar pessoas com
pensamentos e ações saudáveis para o reino. A frase que ficou no meu coração foi: Disposição
para o povo. O objetivo era ter igrejas saudáveis, se aproximar com humildade, disposição. Não
só repostas, saber ouvir e ter transparência pastoral. Não só escutar, mas sim ouvir com o
coração. Neste dia também aprendemos sobre a transferência, e termos certos cuidados, porque
essa troca não é um talvez possa haver e sim um com certeza. E termos a consciência de ter a
contra transferência evitando aos sinais que discorram ao longo das sessões porém sabendo
lidar com essa transferência para que o individuo possa se abrir mais. Morte e luto e suas cinco
fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Morte e luto, vai além da perda de uma
pessoa. Isso se da na perca de um trabalho, separação e etc. Aprendemos métodos que nos
capacitaram a ter mais confiança quando chegar a nossa vez de aconselhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário